De como uma sociedade sequestrou
um planeta para num par-de-séculos esgotar a vida do
único globo sabidamente animado do Universo.
Chegamos por fim ao fatídico ano de 2040, anunciado pelos cientistas como
o ápice da nova extinção-em-massa planetária. Juntamente com todas as restantes
formas de vida, a humanidade está praticamente dizimada, ela que se tornara
como um câncer incontrolável sobre a face da Terra. Começa assim a
lenta recuperação de um planeta agonizante, agora que o “elemento nocivo” que
lhe fez tanto mal foi neutralizado.
Incrível como tudo se passou tão rápido – em parte, uma
falsa sensação causada pela ignorância e pela ocultação dos fatos até o seu
“último momento”. Conhecida há vários anos, apenas em 2015 se começou a divulgar mais amplamente as
notícias sobre a próxima -e a mais trágica- Sexta Extinção mundial que se aproxima celeremente, colocando uma
interrogação acerca da sobrevivência humana, a qual ainda paira todavia...
Desde a famosa data maia de 2012 anunciada como a mudança dos tempos,
passou-se nada mais do que 28 anos até a nova extinção, um ciclo conhecido na
Astronomia como o “retorno de Saturno”, trazendo muitas vezes acontecimentos
dramáticos na vida das pessoas. Os novos tempos chegam assim com um rigor
inaudito, onde ao homem é atribuído um papel definitivo no seu apoderamento
sobre o rumo das coisas, do qual ele jamais esquecerá...
O ser humano sempre tão otimista sobre encontrar soluções, revelou-se na
prática pifiamente impotente. Pensou em disseminar partículas metálicas para refletir a força
do Sol, mas descobriu que elas seriam ainda mais prejudiciais. No fundo -e crendo quiçá na famosa "Teoria Gaia"-, muitos
aguardam hoje que a Terra reative algum dos seus grandes vulcões para voltar a resfriá-la,
coisa que poderia acontecer a qualquer momento. Este era considerado afinal um dos "sete sinais de que estamos caminhando para uma extinção em massa". Contudo,
parece que o planeta não quis mesmo poupar esta humanidade de colher todas as consequências
dos seus atos...
Pesou mesmo, na prática, os seus atos e omissões. Amparada pela bandeira do humanismo e por um materialismo “científico”, a burguesia colonialista do Planeta Terra tratou de explorar ao máximo aquele maravilhoso mundo até o seu esgotamento climático em poucas décadas, levando a Biosfera ao colapso completo mediante um aquecimento global sem precedentes, muito superior a todos os picos naturais que anteriormente haviam acarretado extinções em massa no planeta.
A colheita da insana semeadura
Pesou mesmo, na prática, os seus atos e omissões. Amparada pela bandeira do humanismo e por um materialismo “científico”, a burguesia colonialista do Planeta Terra tratou de explorar ao máximo aquele maravilhoso mundo até o seu esgotamento climático em poucas décadas, levando a Biosfera ao colapso completo mediante um aquecimento global sem precedentes, muito superior a todos os picos naturais que anteriormente haviam acarretado extinções em massa no planeta.
Como foi possível chegar assim tão longe? Sabedora
que as coisas já tinham ido longe demais, e aproveitando-se do fato de que o aquecimento
produzido tarda uns quarenta anos para impactar a atmosfera, a burguesia
internacional simplesmente tudo fez para ocultar as informações realmente
importantes e significativas sobre a situação –além de buscar
“desmentir” sistematicamente as denúncias dos ambientalistas através de seus
políticos corruptos, empresários ambiciosos, falsos cientistas e das suas redes midiáticas, ao lado é claro da máquina repressiva dos seus exércitos mercenários e polícias políticas disseminadas pela
Terra para conter e constranger opositores-, a fim de que a população não se
revoltasse ou colocasse empecilhos nos seus planos terminais de devastação e de exploração, absolutamente irresponsáveis e inconsequentes, mantendo a humanidade
embalada no pão-e-circo através de sua poderosa mídia e seu falso liberalismo.
“Só
o colapso da civilização industrial pode prevenir uma mudança climática
descontrolada”, disseram alguns doutores nos últimos anos,
levando aos poucos a uma desmobilização dos parques industriais. “O grande problema da humanidade
é não saber trabalhar com o cálculo exponencial”, afirmaram outros. Sabia-se que
toda a evolução trabalha com a aceleração. Mesmo a sociedade industrial o fez
quando buscou taxas de crescimento contínuos. Porém, ela nunca quis calcular as
consequências ambientais disto...
Outras ideologias importantes da época vieram ao seu apoio. No próprio “Manifesto Comunista”, Marx-Engels apenas fizeram
elogiar a frieza da síndrome desenvolvimentista da burguesia mundial, desprezando
sistematicamente as visões “idílicas” das classes sociais mais antigas, e sem
uma palavra sequer contra o colonialismo, e muitas pelo contrário: “Pela
exploração do mercado mundial a burguesia imprime um caráter cosmopolita à
produção e ao consumo em todos os países. Para desespero dos reacionários, ela
retirou à indústria sua base nacional.”
E sentencia: “A burguesia só pode existir com a condição de
revolucionar incessantemente os instrumentos de produção”. Elogiando a
industrialização e a urbanização mais radical que “arrancou uma grande parte da
população do embrutecimento da vida rural”, afirma apenas que as riquezas
criminosas assim produzidas deveriam ser melhor repartidas com os trabalhadores
ou que estes deveriam afinal se apoderar -utopicamente- dos próprios
meios-de-produção.
O ser humano mexeu em coisas que não conhecia em absoluto. O nome disto é irresponsabilidade. E irresponsáveis devem ser tutelados. Por isto a burguesia e o proletariado foram por muitos milênios controlados pelas classes sociais mais refinadas e espiritualizadas, ou estas trataram de fomentar o seu esclarecimento e evolução cultural. As antigas sociedades e civilizações também devastaram significativamente o planeta através da ocupação intensiva, porém nenhuma delas chegou ao ponto de destruir a própria atmosfera do planeta.
Por isto muitas nações arrependidas bradaram em conjunto:
Este mundo não era uma lixeira, senhores industriais e prezados “materialistas históricos”!
Este mundo era o único lar para o ser humano conhecido em todo o Universo.
Está por
isto decretado o fim do dinheiro no Universo.
Este mundo era o único lar para o ser humano conhecido em todo o Universo.
Está
decretado o fim de toda a industrialização depredadora.
Está
decretado o fim do racismo explorador.
Está
decretado o fim da luta-de-classes que cinge as nações.
Está
decretado o fim do materialismo histórico cego.
Está
decretado o fim do colonialismo cultural no Cosmos.
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Naquele momento valeu como nunca a enorme capacidade de adaptação do ser humano, mais especialmente a sua natureza onívora, já que comer musgos e terra passou ser o mais comum e corrente. A vegetação não resistiu ao enorme calor e à falta de outros elementos atmosféricos. Com isto se rompeu toda a cadeia alimentar.
Quando as crises ambientais realmente se instalaram, a revolta foi muito grande. A população se rebelou contra os seus governos e as nações se voltaram umas contra as outras. Alguns países ainda quiseram praticar invasões para explorar e colonizar ainda mais cruelmente, porém os protestos internos e as revoltas contra os países mais poluidores e colonialistas adquiriu tal vulto, que eles tiveram que desistir dos seus intentos. Na verdade, logo se inverteu mesmo esta tendência, de modo que as antigas nações ricas se tornaram alvo de incontáveis hordas furiosas que se julgavam justificadas a invadir, destruir e chacinar aquelas antigas sociedades abastadas, que tantas vezes construíram as suas fabulosas riquezas às custas do colonialismo e da exploração irresponsável do meio-ambiente.
Para saber mais:
- Cientistas preveem extinção da humanidade até 2040 (video com entrevista completa)
- Começaram as Últimas Horas da Humanidade (video)
- A Sexta Extinção em massa
- Metano na Plataforma do Ártico Siberiano Ocidental (video)
Trabalhos nossos:
Acontecimentos
finais
E que
destino teve a Humanidade –ou do que dela restou?
Pobre
raça humana. Dentre todos as barbaridades que atravessara ao longo de sua
história e evolução, jamais poderia sonhar que tais horrores poderiam acontecer
em tão pouco tempo.
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Naquele momento valeu como nunca a enorme capacidade de adaptação do ser humano, mais especialmente a sua natureza onívora, já que comer musgos e terra passou ser o mais comum e corrente. A vegetação não resistiu ao enorme calor e à falta de outros elementos atmosféricos. Com isto se rompeu toda a cadeia alimentar.
O suor da Terra
são as chuvas, e com o rápido aquecimento o planeta respondeu como faz um
organismo à febre, com grande transpiração ou, no caso, chuvas torrenciais,
capaz de gerar grandes transtornos nas estruturas humanas e na própria
Natureza. Por excesso ou por
falta de água, as grandes cidades ficaram cada vez mais inabitáveis.
Havia também crise de energia, insegurança e vandalismo, falhas no abastecimento
dos alimentos (por diferentes razões) e sempre muito calor.
Ademais, com a acidificação dos Oceanos e a poluição atmosférica, as chuvas também ficaram ácidas, destruindo a vegetação e poluindo ainda mais os rios matando peixes e anfíbios, além de causar inúmeros problemas para a saúde humana. Entre muitos outros problemas ambientais causados pela interferência humana na frágil e complexa teia-da-vida especialmente a partir da industrialização.
A extinção de insetos
polinizadores pelos inseticidas e pelos transtornos climáticos, foi um dos
fatores mais dramáticos para a brusca perda de produtividade dos alimentos. A Lei Marcial foi imposta pela própria população, para
proteger a pouca vegetação e os seres vivos que resistiram. Em meio a tanta fome e
restrição, se redescobriu que os jejuns eram capazes de curar quase todos os males,
este foi um renascimento das práticas medicinais naturais.Ademais, com a acidificação dos Oceanos e a poluição atmosférica, as chuvas também ficaram ácidas, destruindo a vegetação e poluindo ainda mais os rios matando peixes e anfíbios, além de causar inúmeros problemas para a saúde humana. Entre muitos outros problemas ambientais causados pela interferência humana na frágil e complexa teia-da-vida especialmente a partir da industrialização.
Matar um
animal silvestre era punido com a morte, e no final ingerir vegetação natural também era permitido apenas a uns poucos, sobretudo doentes e crianças. Embora
muitos não fossem nada rigorosos em reprimir o canibalismo, especialmente sobre
aqueles que eram condenados por “anti-ambientalismo’’. Havia boatos sobre campos-de-concentração, onde eram mantidos os prisioneiros de guerra e as pessoas
rejeitadas pela sociedade.
Assim que a crise eclodiu de vez, todo tipo de doutrina, filosofia e ideologia “verde” apareceu e se destacou, dominando a política, as ideias e a própria religião. Os Partidos Verdes assomaram em inúmeras nações, assim como retornaram os Nacionalistas de distintas acepções, destacando os seus princípios protecionistas e soberanistas. Sob pressão popular, os partidos nazistas também foram
tirados da clandestinidade, para expressar a xenofobia crescente ou apenas para
defender as nações sob pressão. Muitos porém se popularizaram por adaptar as suas bandeiras. Na Europa, em pouco tempo o Naziverdismo adquiriu força descomunal, e se especulava como estaria o mundo ambientalmente se o Eixo tivesse vencido a Grande Guerra. Idealizava-se um Fürer “esteta” e “paisagista”,
amante das antigas míticas naturalistas...
Fora os confrontos reais entre os "recoloridos" nazi-fascistas e os "melancias", uma das grandes contendas intelectuais era entre um novo “materialismo verde” e o verdadeiro
holismo, uma vez que muitos desejavam experimentar a espiritualidade diante do espectro da morte que assolava o planeta. Aqueles eram então chamados de “sepulcros caiados” e “melancias”,
e estes eram chamados de “supersticiosos” e “retrógrados”. Porém, os capitalistas
e os materialistas já não tinham mais forças ou moral para combater e denegrir a
ninguém ativamente. Os
caminhos para a libertação das cadeias ideológicas pareciam abrir-se uma vez
mais, e os anarquistas pensavam que por fim as suas utopias iriam poder aterrissar
no planeta.
Os confliros finais entre as sociedades e as nações
Parece contudo que nos últimos momentos as paixões religiosas (e em certa medida também as políticas) refluíram completamente. Algumas grandes religiões passaram a lutar entre si, senão para herdar os despojos da Terra, ao menos para que seus adversários não viessem a dominar um possível mundo futuro. Os mais indignados e os materialistas, por sua vez, estavam determinados a não permitir que nenhuma destas antigas forças sobrevivessem. Falava-se novamente em “Solução Final” e nas “Invasões Bárbaras”. Logo se viu recrudescer as mais cruentas das Cruzadas, mesmo que o petróleo já não fosse uma moeda viva naqueles dias, até pelo contrário, era chamado de “cobiça maldita da humanidade”.
Parece contudo que nos últimos momentos as paixões religiosas (e em certa medida também as políticas) refluíram completamente. Algumas grandes religiões passaram a lutar entre si, senão para herdar os despojos da Terra, ao menos para que seus adversários não viessem a dominar um possível mundo futuro. Os mais indignados e os materialistas, por sua vez, estavam determinados a não permitir que nenhuma destas antigas forças sobrevivessem. Falava-se novamente em “Solução Final” e nas “Invasões Bárbaras”. Logo se viu recrudescer as mais cruentas das Cruzadas, mesmo que o petróleo já não fosse uma moeda viva naqueles dias, até pelo contrário, era chamado de “cobiça maldita da humanidade”.
Para
buscar conter esta situação insustentável, os sábios de todo o mundo realizaram
assembléias ecumênicas para procurar as soluções. Até que alguns sugeriram que as
religiões do passado deveriam reconhecer as profundas mudanças mundiais
existentes –globalização, crise ambiental, etc.-, e mais ainda, todo aquele mundo que se conhecia
parecia estar rapidamente se transformando... E que as antigas doutrinas deveriam
tratar de ajustar e relativizar os seus dogmas passando a focalizar mais algo novo,
presente no seu bojo inclusive: as suas profecias.
Afinal, parece que a hora realmente soava para tanto, um novo grande desafio
pairava no ar, e respostas deveriam ser encontradas. Estas ideias
abriram novas perspectivas para o convívio entre as civilizações e para cada
ser humano. No mais, as pessoas não podiam ignorar estar sendo instrumentos para
toda esta destruição, da qual seguramente as suas crenças mais remotas não
poderiam lhes absolver...
No
final contavam-se aos milhares apenas os seres humanos que conseguiram sobreviver em
cada continente da Terra (especialmente sob
o abrigo das antigas grandes florestas, em vales e depois nas cavernas), muitos deles
remanescentes de antigas sociedades habituadas a condições precárias de
existência, entre todos aqueles que pereceram pelas causas “naturais” críticas
e a poluição, senão pela fome ou em epidemias sem qualquer forma de controle, pela violência selvagem e perseguições, ou praticaram suicídio-em-massa ou foram “justiçados” pela população
por haverem praticado ou colaborado ativamente na poluição e na devastação
ambiental.
Na
verdade, tal como ocorrera na Idade Média, a pouca ordem que restara estava
delimitada aos ambientes espirituais, mosteiros e aldeias fortificadas pela
própria população, uma vez que quase toda a polícia política e os exércitos
profissionais também desertaram ou foram aniquiladas pela população, nas fracassadas
guerras-de-ocupação ou até por forças invasoras. Se tornou difícil seguir contratando
mercenários quando o dinheiro deixou de ter valor –na verdade, em muitas partes
ele se tornou um anti-valor, mostrado como o grande Símbolo
do Mal. A grande economia se desestruturou e as sociedades passaram a adotar sistemas-de-troca e de partilhas. Os bunkers e os refúgios dos antigos milionários (sendo muitos deles ex-políticos) eram sistematicamente procurados por patrulhas populares em busca de recursos alimentares
e para punir os proprietários. Praticamente não se exerceu mais a política, e o Planetarismo foi visto
como uma nova forma global de Nacionalismo, numa defesa interna da Terra comum e da
espécie humana.
Quando as crises ambientais realmente se instalaram, a revolta foi muito grande. A população se rebelou contra os seus governos e as nações se voltaram umas contra as outras. Alguns países ainda quiseram praticar invasões para explorar e colonizar ainda mais cruelmente, porém os protestos internos e as revoltas contra os países mais poluidores e colonialistas adquiriu tal vulto, que eles tiveram que desistir dos seus intentos. Na verdade, logo se inverteu mesmo esta tendência, de modo que as antigas nações ricas se tornaram alvo de incontáveis hordas furiosas que se julgavam justificadas a invadir, destruir e chacinar aquelas antigas sociedades abastadas, que tantas vezes construíram as suas fabulosas riquezas às custas do colonialismo e da exploração irresponsável do meio-ambiente.
Esta
perseguição era estimulada por vingança, ou até por necessidade, no
entendimento de muitos. Era comum encontrar nas cidades panfletos com dizeres
como: “Você já caçou um capitalista hoje?” Outros iam mais longe dizendo: “Você
já caçou o seu materialista hoje?” Todos os pontos-de-interesses
sabidamente imperialistas eram atacados e destruídos –lojas, empresas, negócios.
Os anarquistas e os eco-guerrilheiros
se multiplicaram em ações de sabotagem e bloqueios às estruturas econômicas e
civilizatórias. Nenhuma polícia era tolerada nas ruas, as gangs se uniram às várias militâncias politizadas para combater as forças de repressão. Guerrilhas, emboscadas,
atentados e sequestros eram coisa corrente, até que a morte falou mais alto e
as pessoas-de-bem começaram a organizar melhor a sua rebeldia, procurando mais a autonomia do que o simples protesto ou o vandalismo.
Diante do espectro
da morte inevitável ou da vida miserável, o antigo ideal da “morte digna”
ressurgiu para milhões, concedendo uma força especial a inúmeros
bravos guerreiros de Gaia. Era preciso deter a qualquer custo este terrível
incesto de violar a Mãe Terra incontrolavelmente, em operações que nenhuma
nação moderna poderia se declarar inocente. Paradoxalmente, a
humanidade iria pagar com a sua própria vida o uso dos fósseis antigos,
reabastecendo com seus bilhões de corpos as entranhas da Terra...
Dizia o povo simples então aos seus opressores: “- Nos roubaram a alma, nos sequestraram o corpo e agora querem tirar até o nosso planeta...!? Filhos do Diabo, mensageiros malditos do
inferno.” Era uma velha lição a ser reaprendida –e a que preço!: a da unidade das coisas. Longamente o ser
humano irá conviver com os destroços da sua “civilização científica”, para não
esquecer as consequências da ilusão e do afastamento da integridade humana.
Muitos e muitos se perguntavam, jogando os braços para o céu: "Porque tudo isto, meu Deus, porque?!?" -como se "Deus" tivesse alguma responsabilidade nisto tudo, a não ser aquela de conceder ao ser humano o livre-arbítrio. Aqueles que amavam a sabedoria sempre respondiam o mesmo: “-É que esquecemos profundamente da vida real.” Isto enfurecia, naturalmente, aqueles que até há pouco se julgavam detentores absolutos da ideia do “real”.
Muitos e muitos se perguntavam, jogando os braços para o céu: "Porque tudo isto, meu Deus, porque?!?" -como se "Deus" tivesse alguma responsabilidade nisto tudo, a não ser aquela de conceder ao ser humano o livre-arbítrio. Aqueles que amavam a sabedoria sempre respondiam o mesmo: “-É que esquecemos profundamente da vida real.” Isto enfurecia, naturalmente, aqueles que até há pouco se julgavam detentores absolutos da ideia do “real”.
A transição e o destino dos sobreviventes
Naquelas condições, a maior parte das pessoas projetava as suas últimas esperanças numa “outra
vida”, e os céticos já quase nem as criticavam mais, eles que, quando não se
“convertiam” muitas vezes morriam de depressão, eram imputados e mortos, ou se
dedicavam desesperadamente a ajudar a humanidade das formas como podiam, em
busca da própria redenção ou por qualquer boa fé remanescente.
Em função disto, nos últimos tempos a Terra também assistiu o reflorescimento de uma autêntica espiritualidade. Muitos concluíram que a escola formal era parte do estamento de alienação pessoal e de exploração humana e da destruição da Natureza. Os jovens passaram a abandonar em massas as escolas, optando pelo trabalho em vilas ambientalistas e a dedicar-se à espiritualidade.
Em função disto, nos últimos tempos a Terra também assistiu o reflorescimento de uma autêntica espiritualidade. Muitos concluíram que a escola formal era parte do estamento de alienação pessoal e de exploração humana e da destruição da Natureza. Os jovens passaram a abandonar em massas as escolas, optando pelo trabalho em vilas ambientalistas e a dedicar-se à espiritualidade.
Muita gente teve
a percepção de que o mais importante seria aproveitar o tempo que ainda havia para se dedicar à Natureza e buscar uma preparação espiritual
profunda, sabendo que o planeta teria doravante poucas
condições de receber muita gente para reencarnar, que os processos espirituais
da grande maioria ainda eram incipientes, e que quase todos moviam-se todavia entre muitas
crenças e superstições. Será este um grande aprendizado e uma oportunidade de
encontrar caminhos de equilíbrio e acima de tudo a necessária humildade e
modéstia ante forças que não controlamos, como aprendizes de um mundo no
qual como humanos não somos sequer os seres mais importantes.
De início apareceram muitos falsos profetas e
oportunistas, como seria de se esperar, porém os farsantes e os aventureiros
logo foram denunciados ou saíram de cena, face a gravidade do quadro instalado,
onde as pessoas faziam questão de obter respostas consistentes e estavam
dispostas a fazer esforços especiais, sujeitas como estavam já a tantas
austeridades e privações...
O franciscanismo foi revalorizado
como religião popular e o xamanismo se tornou quase unanimidade entre os
místicos e esotéricos. As grandes respostas
vieram porém através daqueles que souberam atender o Chamado pelo Santo Graal
ocorrido sob as sombras da Guerra Fria, quando alguns optaram pela “ida para o deserto”
ao invés de aceder ao tirano ou de confrontar os grandes opressores, onde trataram então
de realizar uma formação holística especial através de uma Cultura Alternativa, contribuindo ocultamente também para o final daquele conflito e depois para a reorientação da humanidade através de sínteses fundamentais.
Através destes
se organizou rapidamente as novas cidades sustentáveis -comunidades fraternais onde
não se fazia nenhuma acepção de pessoas-, visando preparar a transição planetária. Ali
todos se dedicaram intensamente ao reflorestamento, assim como à busca criteriosa
da iluminação completa através das técnicas mais precisas e velozes. De modo
que muitos conseguiram alcançar a libertação a tempo -isto é, antes de falecer ou do planeta se esgotar.
Todos
aqueles que estavam nas verdadeiras sendas de luz e bebendo dos Ensinamentos
mais abençoados, se reconciliaram por fim com Deus (ou com as “fontes
cósmicas”), através da busca das Harmonias Universais. Estes sempre
encontravam conforto nas adversidades da maneira mais misteriosa: refrigério no
calor, companhia na solidão, repouso na fatigues, alimento na privação, sabedoria
na humildade. E muitos mistérios de outros mundos, universos e dimensões também
se lhes descortinavam dia após dia.
Secretamente, entre lástima e consolo, estes filhos do novo tempo se regozijavam de saber que estivessem onde estivessem eles estariam amparados pelos céus, ao passo que os seus perseguidores jamais abandonariam o inferno e a condenação por mais exércitos que pudessem contar. Na simplicidade e na Natureza, na fraternidade e na luz do espírito, eles encontravam a sua paz e a sua fortaleza. E podiam dizer com Epicuro: “As pessoas felizes lembram o passado com gratidão, alegram-se com o presente e encaram o futuro sem medo".
Secretamente, entre lástima e consolo, estes filhos do novo tempo se regozijavam de saber que estivessem onde estivessem eles estariam amparados pelos céus, ao passo que os seus perseguidores jamais abandonariam o inferno e a condenação por mais exércitos que pudessem contar. Na simplicidade e na Natureza, na fraternidade e na luz do espírito, eles encontravam a sua paz e a sua fortaleza. E podiam dizer com Epicuro: “As pessoas felizes lembram o passado com gratidão, alegram-se com o presente e encaram o futuro sem medo".
Pouco a
pouco, o ser humano reaprendia que o planeta é apenas e tão somente um ninho,
para se aprender despojadamente a voar para o infinito. E que não obstante deve
ser zelosamente cuidado, porque se destina a muitas e muitas gerações para
cumprir a tarefa cósmica da semeadura das almas e dos mundos distantes.
Por isto,
naqueles dias de dor houve também grandes encontros e inesperados reencontros, em meio a tanto
sofrimento profundas alegrias foram experimentadas; depois que os seres humanos pactuaram que deveriam ser mais
humildes e redirecionar o seu livre-arbítrio para coisas mais positivas e equilibradas. Finalmente, os trilhos do destino
estavam sendo reencontrados, e o ser humano já não precisaria ter tanta pressa.
O tempo seria seu amigo uma vez mais.
As
profecias mostraram-se ao final tão precisas que praticamente substituíram uma
descartável Ciência, falsa doutrina sujeita aos mais levianos humores
humanos, que acabou servindo apenas para se auto-aniquilar. Uma das principais
ordenações populares que cedo emergiu, foi obrigar os técnicos e os cientistas
a desmantelar ou isolar toda as estruturas tecnológicas sofisticadas perigosas,
especialmente as centrais nucleares, além de desmantelar as grandes hidrelétricas na medida do possível.
Nada disto era de todo desavisado. Os antigos persas diziam que a
cada 12 mil anos acontece um diluvio mundial, alternando-se entre um de fogo e
outro de água (São Pedro também recorreu a uma linguagem muito semelhante, em
II Pe 3:5-7) -e segundo Platão, faz quase 12 mil anos que ocorreu o último
Dilúvio-de-Água, aquele sob o qual pereceu a Atlântida. Os próprios astecas
declararam que o mundo atual terminaria “em fogo e terremotos (comumente associados a vulcões)”, ideia que existe
na verdade em quase todas as Escrituras do mundo: no Alcorão, nos Puranas, na
Torah, etc. Nem por isto, o ser humano tratou de evitar as causas que poderiam
levar a isto, ele que poderia tê-lo-feito, mas que fora tão soberbamente cético
quanto às profecias, o que representa a suprema das ironias!
O
anunciado Juízo Final de fogo pode se revelar pois totalmente exato até com
variantes, entre os incêndios contínuos que varriam o planeta, as secas
endêmicas irremediáveis, o calor tórrido difuso, a poluição acumulada e ampliada
pela liberação do metano inflamável, os vácuos atmosféricos da camada de
ozônio, as guerras até atômicas e as revoltas disseminadas, além das diversas enfermidades.
Tudo isto e mais a virtual extinção da vegetação das terras e dos oceanos
extremamente aquecidos, redundou no baixo teor de oxigênio que sugava a
vitalidade da população, impedindo contudo maiores explosões.
Com tudo
isto, a predição apocalíptica sobre “as pessoas desejarem morrer e não
conseguir” também sucedia lastimosamente. Não havia refrigério sobre a face da
Terra. O calor escaldante daqueles dias fazia com que as cavernas mais
profundas fossem violentamente disputadas. A pele das pessoas ressecava e
quebrava em feridas. A desidratação era a morte mais comum e os fetos não conseguiam
se desenvolver.
Mas não
foi apenas isto. A população revoltada buscava caçar os principais responsáveis pela
destruição ambiental. Muita gente era mantida como escrava, devorada ou
torturada com requintes de crueldade. Tudo isto aconteceu naqueles últimos anos,
as piores barbáries, mas também grandes aprendizados e muitos gestos nobres e
engrandecedores.
Sem o aprendizado e o desenvolvimento de novos dons humanos, a espécie seguramente
não sobreviveria. Treinamentos com o jejum e o respiratorianismo (o “viver de
luz”, que alguns preferiram com o tempo rebatizar pelo mais abrangente “viver de
amor”) se revelaram ao final cruciais para a sobrevivência humana. A possibilidade
da mudança dos paradigmas da consciência estaria abalizada pela Ciência desde as
configurações da Física Quântica, porém a inércia cultural e a atrofia econômica impediram a disseminação
de novos comportamentos.
Também
merece observar que, desde a virada do milênio e em especial no contexto de
2012, foi anunciada a chegada da Sexta Era solar e sua nova humanidade (tendo por
berço as Américas, como dizia o Teosofismo sobre a vindoura Sexta raça-raiz) –da
qual a chamada “Sexta Extinção” seria uma analogia-, sujeita a provações de
ordem especial por estar destinada a ativar a chakra
cardíaco através da quarta iniciação, denominada “a crucificação espiritual”,
cujas chaves são ideias como o INRI ou igne
nature renovatur integra, “a natureza se renova mediante a ação do fogo”. Este
grau sujeita o iniciado à destruição parcial dos corpos físicos e demanda um
grande esforço através da auto-cura espiritual. A nova extinção planetária
trataria de oportunizar –ou exigir- este esforço coletivo e espiritual dos filhos dos homens, a fim de adquirir superior estatura e autonomia espiritual.
A geração que nasceu em torno de 2012 e cresceu ouvindo falar sobre a Sexta
Extinção, foi de certa forma capacitada para enfrentar esta dramática situação.
Por isto os sábios disseram aos pais desta geração: “Não escondam os fatos futuros
de seus filhos, não tentem poupá-los por nenhum motivo, por mais dura que seja a
realidade, por que isto sim poderia ser fatal para a sobrevivência humana: antes,
eduquem-nos para aquilo que virá, porque este é o seu destino. O ser humano
muito pode se for treinado e preparado para tal. Esta é a última geração que receberá
os nutrientes necessários à vida humana normal, coisa importante para 'aclimatar' a espécie para as suas novas transformações."
Ademais, a informação correta possibilitou que muitos fizessem os preparativos espirituais necessários para a consolidação e a
liberação da consciência, através da iniciação e da iluminação verdadeira, alcançando
assim a tão almejada imortalidade da alma, meta suprema da condição humana como
tal. Através disto, até mesmo a tão desejada “ascensão espiritual”
poderia ser procurada...
Conclusões
Representa uma hipocrisia inominável o
autoproclamado homo sapiens sapiens
afirmar haver se tornado um “colaborador da Natureza” em relação ao homem
primitivo dito “predador”, depois que os recursos naturais deixaram de ser
suficientes para a sua sobrevivência pelo duplo-motivo do 1. esgotamento ambiental
destes recursos e do 2. crescimento populacional excedente -e não obstante
ainda seguir devastando de tal maneira todo o planeta..! E a bem da verdade
completa, várias sociedades “primitivas” adotaram muitas vezes formas de vida
autosustentáveis a tal ponto de subsistir muito mais do que as subespécies e
culturas posteriores e ser apenas por estas dizimadas estúpida e covardemente.
Ademais,
jamais se concretizou a possibilidade de contatar outros planetas com vida
semelhante (ou que estas viessem resgatar os “eleitos” como queriam alguns) e
nem de criar condições salutares para a vida humana em outras partes do sistema
solar. As últimas expedições extraplanetárias tinham o propósito de investigar
esta hipótese mas apenas restou a frustração e a impostergável necessidade do ser humano
defrontar-se consigo mesmo.
Enfim, tal
como nas suas cinco extinções anteriores, a Terra não morrerá de todo,
apenas eclipsou ou hibernou profundamente, como num coma profundo. As extinções
biológicas seriam como as “mortes virtuais” que acontecem todo tempo na própria
Natureza (como na morte de uma árvore ou de um ser animado que vive na sua
descendência), e onde restam apenas sementes de vida para repovoar o planeta de
uma nova maneira, sem dúvida cada vez mais frugal. Alguns até veem isto como
formas cósmicas de Iniciações Planetárias, dada as provações pelas quais passa
a humanidade periodicamente.
No
final, se verá que para a reduzida população restante, não será tão difícil
encontrar alguns refúgios aqui e ali, até que o planeta comece a mostrar
novamente algumas ilhas de fertilidade. E então tudo possa recomeçar novamente
rejuvenescido, dentro de uma nova volta da eterna espiral dos tempos.
Para saber mais:
- Começaram as Últimas Horas da Humanidade (video)
- A Sexta Extinção em massa
- Metano na Plataforma do Ártico Siberiano Ocidental (video)
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