Apesar de todas as suas grandes
mazelas, o Século XX também viu o surgimento de uma Nova Ciência, pautada pela
Relatividade, a Física Quântica, o Construtivismo, a Genética, a Cibernética o
Behaviorismo e muito mais, muitas vezes capaz de revalidar premissas muito
próprias da Tradição Universal de Sabedoria. Talvez esta seja uma forma de
compreender o Arcano XX: “O Juízo”, pois cada um se julga a si mesmo pelas
opções que realiza. Outro nome desta carta é “A Ressurreição”, afinal também
foi um século de luz e de revelações, rompendo com a dicotomia que antes
parecia se oficializar de maneira crescente entre Ciência e Filosofia –enfim,
se poderia falar de “sinais dos tempos”...
Talvez o fato mais importante da Física Quântica (FQ), é que ela restabelece o primado da consciência. E através disto, se recoloca as questões relativas ao próprio... livre-arbítrio humano! Estamos
falando, pois, da premissa mais misteriosa existente dentro da FQ, que é a
possibilidade de atuar com o mundo de uma maneira diferenciada e deliberada,
como se a luz fosse onda (fóton) ou partícula (quantum). Nós inclusive
sugerimos que esta dualidade quântica seja apenas uma base e que a consciência
é capaz de acessar ainda outras “opções”, com as quais a humanidade atual não
tem estado todavia alinhada.
O
nome desta Física vem deste último –o quantum-, talvez pelo anterior ser tema
ainda abstrato demais para ser explorado maiormente, mas podemos entrever que
este possa vir a ser neste caso o campo mais próprio para ser explorado pelos
investigadores da consciência-pura, os quais tem flertado de maneira bastante
livre com os grandes cientistas e pesquisadores, quando não são estes mesmos
que assumem ambas as vertentes.
O tema da "Consciência Quântica" é extremamente instigante dentro da Física Quântica, e muitos investigadores de renome tem analisado ricamente o assunto, em debates acalorados e originais. Sucede basicamente que, devido ao seu caráter não-determinístico e baseado antes em probabilidades, "foi necessária a consciência para completar a mecânica quântica" (E.P.Wigner)
O tema da "Consciência Quântica" é extremamente instigante dentro da Física Quântica, e muitos investigadores de renome tem analisado ricamente o assunto, em debates acalorados e originais. Sucede basicamente que, devido ao seu caráter não-determinístico e baseado antes em probabilidades, "foi necessária a consciência para completar a mecânica quântica" (E.P.Wigner)
As
implicações da FQ vão muito além da Física, afetando diversas disciplinas
–entre elas as ”Humanidades” e a própria Psicologia e afins, levando alguns a
imaginar que “a alma seja um computador quântico”. O fato é que as
considerações quânticas investem inclusive na possibilidade de se separar mente
e cérebro, apresentando muitas vezes mais perguntas do que respostas. As
investigações neste campo têm originado um verdadeiro léxico novo atestando a
importância das inovações e a complexidade das suas teorias –pois realmente
muita coisa pertence à especulação nesse campo, tal como as famosas "singularidades” que são zonas de densidade infinita presentes
nos buracos negros e que teoricamente se expandem para criar universos.
Contudo o famoso “Big-Bang” também se considera uma teoria porque existem outros modelos viáveis, alguns deles incômodos para a mente mais objetiva, sujeitando as abordagens divulgadas a questões filosóficas como admitem certos cientistas mais honestos. De fato, a própria escolha do nome desta Física já pode soar tendenciosa, pois quântico vem de quantum que é apenas uma das duas “possibilidades” de enxergar a luz. Os termos “Fótica” e “Fotônica” foram destinados ao campo de investigação da luz em si, sem maiores subjetividades todavia.
Contudo o famoso “Big-Bang” também se considera uma teoria porque existem outros modelos viáveis, alguns deles incômodos para a mente mais objetiva, sujeitando as abordagens divulgadas a questões filosóficas como admitem certos cientistas mais honestos. De fato, a própria escolha do nome desta Física já pode soar tendenciosa, pois quântico vem de quantum que é apenas uma das duas “possibilidades” de enxergar a luz. Os termos “Fótica” e “Fotônica” foram destinados ao campo de investigação da luz em si, sem maiores subjetividades todavia.
Do cérebro
para a Mente
Devido a esta porta aberta para a
“vontade” podemos entrever tempos em que a mera deliberação possa acionar
mecanismos físicos, ainda que o mais importante deva ser realmente o resgate do
próprio Primado da Consciência e a revalidação das pesquisas da Mente ou da
“Consciência Pura”. E tudo isto parece confirmar a nossa ideia de que a Alquimia
está mais para a Física do que para a Química propriamente dita.
Diante deste campo que se abre ao
subjetivo, se a nossa escolha por qualquer razão (vocação, curiosidade, etc.)
for a experimentação interna –uma parte sempre mais afeita aos místicos que aos
cientistas-, podemos começar com coisas muito simples para investigar esta
faceta interior do universo. E nisto se pode inclusive contar com um apoio
seguro do campo da mística ou da espiritualidade.
Antes de tudo, deve ficar claro
que o “fóton” aponta para o universo do Ser, atuando no aqui-e-agora e sem
maior investimento na ideia de tempo ou decurso, sem tampouco antagonizar com o
Vir-a-ser mas com ele dialogando como polaridades.
Para o sucesso deste princípio sempre
se fez importante a organização de um ambiente favorável, capaz de auxiliar a
consciência a se manter em níveis elevados. O “retiro” para fortalece esta
consciência é uma tradição universal, através dele se favorece a dialética com
métodos de vir-a-ser que ampliam e reforçam o ser, como são as práticas de
orações e de iogas. Naturalmente estas técnicas ampliam e reforçam a
consciência, sobretudo porque elas são como formas concentradas de
investimento-no-ser. O ambiente harmônico permite “guardar” ou acumular a
energia-consciência o invés de dissipar com conflitos, poluição e também gestos
perdulários de energia que sempre terminam por debilitar fortemente a
consciência.
Graças a isto, com o reforço das
práticas a consciência apenas se reforça e a energia se acumula, sendo capaz de
conduzir seguramente às iniciações superiores como condições estáveis de maior
energia pessoal que também favorece o acesso a experiências mais elevadas. Assim,
as práticas seriam uma forma tradicional e uma variante do sistema de “reforço”
propugnado por B.F.Skinner em “Walden II”, além de contar com a base natural
harmônica trazida por H.D. Thoreau em “Walden ou a Vida nos Bosques”. Tal
Escada Cósmica pode ser equiparada à própria estrutura do DNA, que seguramente
também se reformula através destas “experimentações”.
Porém, tudo isto são sinais de
uma Nova Era da humanidade. Desde os anos 50 ou 60 as crianças vêm ao mundo com
nítidos sinais diferenciais, como nascerem geralmente com os olhos abertos.
Contudo, isto não afasta a necessidade da educação e da formação destas
gerações em “escolas” mais integrais e até permanentes, e que deveriam ter um
perfil muito diferente da escola comum, sob pena de apenas fomentarmos o
escapismo e a desatenção, tornando estas gerações vítimas de si mesmas ou do
próprio sistema condicionador.
É que quando a própria humanidade
acessa certo patamar de evolução ou surge a necessidade/ possibilidade de uma
mudança de paradigmas, se faz preciso também preparar ambientes sociais mais
elevados, onde a diferença com ashrams e mosteiros se mostra por exemplo num
investimento em novas instituições, a partir mesmo da criação de novas “cidades-laboratórios”.
Luís A. W. Salvi é escritor holístico, autor de cerca de 150 obras sobre a transição planetária.
Editorial Agartha: www.agartha.com.br
Contatos: webersalvi@yahoo.com.br, Fone (51) 9861-5178
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